04 fevereiro 2007


Embora nem eu mesma esteja me dando conta da situação, aqui estou eu, esticada entre edredons e bolachas rechadas, pensando sobre como saí de uma situação complicada há duas semanas e meia sem nenhuma briga – no sentido exato da palavra. Obviamente, como qualquer dezoito anos que se preze, me abracei a alguns dvds de Sex And The City e me permiti dedicar algumas horas do meu final de semana pra abstrair a mente e me preocupar apenas com historinhas meio vagas sobre relacionamentos alheios. Tirei cinco minutinhos pra pensar (num domingo de calor, tendo acordado às 14h, meus neurônios não me permitem muito mais que isso), e pude concluir que eu absolutamente não entendo qual é a real complicação dos relacionamentos – ou os fatores mal(mau?)-intencionados que se dedicam a complicá-los. Na verdade, quase admiti a possibilidade de estarmos tão acostumados a bagunçar tudo, que nos tornamos os próprios fatores inconscientes especializados em inserir obstáculos sempre que possível. E, na grande maioria das vezes, sempre é possível.
Ou também pode ser que tudo se restrinja a uma questão de gênero. Aquela história de que os ideais das mulheres nem sempre são similares aos desejos masculinos. Mas além dessa explicação ser clichê e coisa e tal, me senti um pouco suja quando percebi que talvez eu concorde mais com o pensamento dos homens, e que talvez eles realmente sejam melhores nessa coisa de simplificação - e isso sem nem mencionar o fato de que são muito mais divertidos. O problema é que, ao pensar assim, me sinto a verdadeira traidora da ética feminina, e tudo o que eu não preciso nesse momento é de mais um motivo pra gritar “Culpada!” quando me olho no espelho.
Enfim. Depois de um esforço pessoal pra ignorar o fato de eu ter um lado interior bastante masculinizado e da tentativa de mais algumas falidas hipóteses explicativas, a questão é que, embora soe estúpido, ingênuo e infantil, em dias como esses eu consigo acreditar que tudo o que uma mulher precisa pra se encontrar com ela mesma não passa de sapatos bonitos, alguns dry martini e sexo casual. E ei, eu falo sério.

8 comentários:

carla cursino disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
amanda audi disse...

iasa, me deu saudades de você!
agora, quanto ao post, prefiro conversar sobre isso pessoalmente. pode ser? :)
beijos!

amanda audi disse...

assim que eu voltar pra curitiba!
pode até ser dry martini, hahaha!

Anônimo disse...

Tirando a parte do dry martini, do sexo casual e (infelizmente, mesmo) dos sapatos bonitinhos, tenho vivido assim.
(?)

Não sei se existem ideais de felicidade femininos e maculinos. Isso seria maniqueista: racionalidade e liberdade é coisa de homem, comprometimento e amor é coisa de mulher.

Acho mesmo que independentemente do gênero, todo mundo busca a felicidade mais ou menos nas mesmas coisas. Com algumas distorções de valores, claro. Coisas culturais/sociais.

É isso.
E eu acho que é simples, mas eu só tenho 18 anos e sou imatura.
promtofalei.

Anônimo disse...

Tanta sinceridade já te faz muito mais autêntica que um estereótipo de gênero (e da nossa geração).
Mas esse lado interior masculinizado... pode assustar.
Hahaha
bjs Iasa, belo post

Naiady disse...

Tirando a parte dos sapatos bonitos...

Ah, menina, que saudade da sua poesia.
Espero que esse post já seja obsoleto.

Anônimo disse...

valeu pela correção. tá justificando o curso. mas aquele não era pra vc. o que é seu tá guardado.

Anônimo disse...

Zaza... ta bom q eu quase nem converso com vc direito...

mais pow.. vc concordou q os homens sao os melhores.. eh issu q importa..
heheheh

to brincando... vc tah escrevendo muita coisa menina... pare com issu e se divirta mais.. heheheh

abrçs com saudades...

by Sinhu!

 

© 2009foi por descuido | by TNB