07 junho 2009

se você tocasse a valsa vienense

transbordar

às favas com minimizar danos. caution could but rarely ever helps. a sorte de um amor tranquilo já se chama sorte por algum motivo, palavras que batem em compasso não são nunca dadas de graça. hoje só me resta compaixão a quem se engana: o corpo diz tanto mais que a boca.


pra sentir há de se ter coragem. há de se ter coragem para acordar pela manhã e enfrentar mais um dia sem sentido e sem direção, mas há ainda mais de se ter coragem para sentir. a complitude triste e doce de quem sente há de ser paga de alguma forma, digna ou não, justa ou não, mas quem há de clamar justiça, ao fim? não é preciso mais do que pesar o humano. o que, no fim, se leva daqui, o que no fim é teu por direito, se não só e simplesmente tudo aquilo que sentiu? in the end all you can hope for is the love you felt to equal the pain you've gone through. porque doer também é necessário. esquivar-se é triste. corredio.

ninguém é humano na totalidade porque é preciso sobreviver. já o oposto não é nada mais que triste. querida, não se engane: nem eu nem você temos a natureza amortecida.

e o amor e outros demônios, onde foram parar? o amor nos tempos do cólera? a linha entre a entrega e a desesperança se mostra tênue e o mundo varia entre o furta cor e o preto e branco. ou se precisa acreditar ou se amortece, e pedras hão de vir mas não respeito a indiferença. e agora, josé? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta. e agora?

agora a paciência e a beleza e o sofrimento de que tem a agonia do mundo por todos os dias, que entra pela janela, pelos olhos, o coração, sem vergonha e sem juízo, no tapete atrás da porta. à espera, que transbordar é não caber. e se o que é em excesso há de fazer mal, pois que então eu morra de tanto sentir.

ah, não existe coisa mais triste que ter paz
e se arrepender, e se conformar
e se proteger de um amor a mais









2 comentários:

Bruno Jugend disse...

Mas só por um tempinho, só pra tomar o fôlego é válido vai?

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
 

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