17 maio 2007



cala a boca, cara
você não ama ninguém



15 maio 2007


, que tu escondes assim como se ninguém tivesse visto o tempo todo o dia todo a vida inteira e então são duas horas ou melhor dois mil anos e tem toda a revolta e tem a cara de quatorze que fazes quando tentas entender alguma coisa mais complexa
, como se fosse essa tua parte que te condena e te diminui
és forte e breve e às vezes nao cabemos no mesmo espaço mesmo tempo mesma vida as coisas mudam você sabe
você vive

e quando escreves e olha que escreve muito você sabe ninguém lê são apenas letras e mais letras jogadas esquecidas abandonadas mas têm valor só ainda não perceberam
não ligue
não percebem muita coisa

mas existe e como existe aquilo retirado arrancado desprendido que te sofre e te dói mas acostumaste já com ele como de tudo se acostuma e de tudo se perde a dor e há o tempo e há o amor e ambos tens nos cabelos nas pupilas no pescoço e mesmo assim te prendes e te soltas só às vezes e às vezes da maneira mais errada e mais torta e mais cara de pau que te cabe
porque o copo não cabe
nem a vida

como se o que me doesse fosse esse teu dedo decepado




 

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