18 outubro 2009


qualquer outro sono seria supérfluo, era uma daquelas noites frias lá fora e quentes, quentes, incômodas. havia um coração correndo em fuga e pensamentos feito flechas, fazendo sombra entre as cortinas. como quando você fecha os olhos só pra dar de sentir de novo o cheiro das memórias - memórias que são dores, ardores, consolos. a noite, cúmplice, não diz nada até que o dia chegue. se despede em sussurro e deixa ficar uma ou duas emoções sem nome, pra que aguentemos sem morrer de saudade até o próximo anoitecer. que sabemos que virá. mas que mata aos poucos, segundo a segundo, de saudade, de paixão e de lamento.

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